De acordo com Claudia Martinez, CEO do Grupo She, a governança corporativa é um tema amplamente discutido nas empresas modernas, refletindo a importância de uma gestão ética e responsável. No entanto, muitas organizações enfrentam uma discrepância significativa entre a narrativa de governança que promovem e a realidade de suas práticas. Esta diferença se torna ainda mais evidente quando se considera que, apesar de proclamarem um compromisso com a boa governança, muitas delas falham em se preparar adequadamente para os riscos que surgem no ambiente de negócios. Mesmo com narrativas robustas, as empresas muitas vezes não estão preparadas para enfrentar situações adversas.
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Por que as narrativas de governança são importantes para as empresas?
As narrativas de governança são essenciais para a construção da reputação de uma empresa e para a confiança que ela estabelece com seus stakeholders. Conforme explica Claudia Angelica Martinez, uma comunicação clara e transparente sobre políticas e práticas de governança ajuda a atrair investidores, clientes e parceiros de negócios, criando uma base sólida para o crescimento. Além disso, essas narrativas muitas vezes refletem os valores e a cultura organizacional, promovendo uma identidade corporativa positiva.
Contudo, o mero relato de princípios e compromissos não é suficiente. As empresas devem garantir que suas ações sejam congruentes com as mensagens que transmitem. Quando as práticas de governança não se alinham com as promessas feitas, isso pode resultar em uma crise de reputação, desconfiança e, eventualmente, em consequências financeiras negativas. Portanto, é fundamental que a comunicação sobre governança seja apoiada por ações concretas e eficazes.
Como as empresas falham na prática ao enfrentar riscos?
Apesar das narrativas bem elaboradas, muitas empresas falham em se preparar para riscos não mapeados e situações adversas. Riscos como ciberataques, crises de comunicação e imprevistos operacionais estão em ascensão e podem impactar gravemente os negócios. Como enfatiza Claudia Martinez, CEO do Grupo She,, mesmo com planos de contingência, muitas organizações não estão equipadas para lidar com esses desafios de maneira eficaz. Isso ocorre, em parte, devido à falta de uma abordagem holística e proativa em relação à gestão de riscos.
Além disso, a rapidez das mudanças no ambiente corporativo e a evolução tecnológica podem tornar difícil a identificação e mitigação de novos riscos. Muitas empresas, ao se concentrarem em riscos tradicionais, deixam de lado áreas emergentes que requerem atenção, como a segurança digital e a saúde mental dos colaboradores. A negligência nesse aspecto pode levar a consequências desastrosas, tanto para a reputação quanto para a saúde financeira da empresa.
Quais são as estratégias para alinhar a narrativa à prática de governança?
Para que a narrativa de governança se torne uma prática efetiva, as empresas precisam adotar uma abordagem estratégica e integrada. Primeiramente, como pontua Claudia Angelica Martinez, é fundamental realizar avaliações regulares dos riscos, incluindo os não mapeados, e garantir que haja um plano de resposta adequado para cada um deles. Isso envolve a formação de líderes e equipes bem informadas e capacitadas, que possam agir rapidamente em situações adversas.
Ademais, as empresas devem promover uma cultura de comunicação aberta, onde os colaboradores se sintam à vontade para relatar preocupações e sugerir melhorias. A participação ativa de todos os níveis da organização na formulação de políticas de governança pode fortalecer o compromisso com a implementação dessas práticas. Por fim, a adoção de tecnologias que ajudem a monitorar e analisar riscos pode fornecer insights valiosos e permitir uma resposta ágil às crises.
O caminho para uma governança eficaz: da narrativa à prática sustentável
Em suma, a governança nas empresas modernas é um tema complexo que exige atenção tanto na narrativa quanto na prática. Enquanto as narrativas fortes podem atrair investimentos e confiança, a verdadeira eficácia da governança se revela na capacidade das empresas de enfrentar riscos de forma proativa e integrada.
Ao reconhecer as falhas nas práticas atuais e implementar estratégias eficazes, as organizações podem não apenas melhorar sua governança, mas também garantir sua sustentabilidade e crescimento em um ambiente de negócios cada vez mais desafiador. O compromisso com uma governança responsável deve ser genuíno e sustentado, refletindo não apenas em palavras, mas em ações que realmente fazem a diferença.