As crises econômicas têm um impacto significativo no setor da construção, tanto residencial quanto comercial. Conforme Rômulo dos Santos Gonçalves, entendedor do assunto, esses períodos de instabilidade financeira afetam diretamente a demanda por novos projetos, o financiamento e a capacidade de execução das obras. Mas como as crises influenciam de maneira diferente esses dois segmentos? Siga acompanhando o conteúdo para saber!
Como as crises afetam a construção residencial?
A construção residencial, geralmente mais sensível às crises econômicas, sofre com a queda na procura por novos imóveis e o aumento das taxas de juros. Durante uma crise, muitas famílias adiam seus planos de compra ou reforma, devido à incerteza financeira e ao desemprego. Com isso, as construtoras enfrentam um período de baixa nas vendas e precisam ajustar seus projetos para se adequar a um público mais cauteloso e com menor poder aquisitivo.
Além disso, as dificuldades no acesso a crédito também são um obstáculo. Conforme explica Rômulo dos Santos Gonçalves, as altas taxas de juros e a restrição de financiamentos dificultam a aquisição de imóveis, afetando diretamente a rentabilidade das construtoras. Como resposta, muitas empresas ajustam o tamanho e o padrão dos projetos, optando por empreendimentos mais acessíveis ou voltados para nichos específicos, como o mercado de imóveis econômicos.
Como as crises afetam a construção comercial?
No caso da construção comercial, o impacto também é significativo, mas os desafios são diferentes. Durante um período de crise financeira, muitos empresários adiam ou cancelam planos de expansão e construção de novos imóveis comerciais, como escritórios e shoppings. A retração da demanda por espaços comerciais leva as empresas a buscarem soluções mais econômicas, como a locação de imóveis já existentes em vez de investir em novos projetos.
Entretanto, esse segmento costuma se adaptar mais rapidamente a novas necessidades do mercado. Conforme expõe Rômulo dos Santos Gonçalves, conhecedor do assunto, a adaptação para a construção de espaços modulares ou com usos mistos, que atendem tanto ao setor comercial quanto residencial, tem sido uma estratégia crescente. Ainda, a transformação de espaços comerciais em residenciais, por exemplo, tem sido uma alternativa para minimizar prejuízos e maximizar o uso do estoque existente.
Quais estratégias de adaptação cada segmento utiliza?
Diante da crise, tanto a construção residencial quanto a comercial se veem obrigadas a adotar estratégias de adaptação para mitigar os efeitos negativos. Para o mercado residencial, a principal estratégia tem sido a redução de custos e a oferta de produtos mais acessíveis. Além do mais, o uso de tecnologias para otimizar a produção e o foco em soluções sustentáveis também são alternativas cada vez mais comuns para atrair consumidores mais conscientes e exigentes.
Já o mercado comercial aposta na transformação dos imóveis e no conceito de espaços flexíveis, que podem ser adaptados a diferentes necessidades, como escritórios compartilhados ou lojas online. Como demonstra Rômulo dos Santos Gonçalves, entendedor do assunto, as construtoras comerciais também buscam reduzir os custos operacionais com a automação de processos e com a utilização de materiais mais baratos, porém eficientes, que garantem o sucesso dos projetos mesmo em tempos de crise.
Por fim, como ressalta Rômulo dos Santos Gonçalves, as crises econômicas afetam de maneiras distintas os setores da construção residencial e comercial, exigindo adaptação e inovação por parte dos profissionais e empresas do ramo. Enquanto a construção residencial enfrenta desafios relacionados à demanda e financiamento, a comercial lida com a mudança nas necessidades dos consumidores e na procura por novos modelos de espaço.