Orientação de assessores é deixar escolha para depois das eleições municipais e evitar desgaste antecipado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem sido aconselhado a deixar para outubro a indicação de seu escolhido para o comando do Banco Central (BC).
A avaliação de parte dos assessores de Lula, no entanto, mudou. Agora eles acreditam que a antecipação pode desgastar mais do que ajudar o nome indicado, principalmente se for alguém já dentro da estrutura do BC.
O cálculo é que trazer o assunto para antes das eleições reduziria a munição do presidente contra Campos Netos. O discurso contra a política de juros deve ser explorado nas eleições municipais.
Lula tem dito que a situação econômica do país não apresenta melhora substancial devido a uma taxa de juros anual de 10,50%.
Após a indicação de Lula, o nome escolhido deve passar por sabatina no Senado Federal. O mandato de Campos Neto se encerra em dezembro.
O nome mais cotado para o posto é o diretor de política monetária, Gabriel Galípolo. Com bom trânsito político, a avaliação é de que ele terá facilidade para ser aprovado em sabatina.